Método infalível para parar de fumar

João acorda às 7:00 e vai dormir às 23:00. João decidiu parar de fumar e optou por uma parada gradual de adiamento. Estabeleceu uma meta e iniciou seu tratamento numa segunda-feira. Neste dia, João, que costumava fumar assim que levantava da cama, ou seja, às 7:00, começou a fumar às 9:00 e passou o resto do dia fumando até a hora em que foi dormir, às 23:00. No segundo dia João começou a fumar às 11:30 até a hora em que foi dormir, às 23:00. No terceiro ele começou a fumar somente às 14:00 e continuou dormindo no seu horário habitual; no quarto às 16:30, no quinto às 19:00, no sexto às 22:00. Como João costuma dormir às 23:00, neste último dia ele estava com muito sono, adormeceu fumando, tocou fogo na cama e morreu carbonizado. Nunca mais fumou.

Na terra do Takuma Sato todo cuidado é pouco

Na cidade de Shizuoka, a sudoeste de Tóquio, um motorista foi desviar de um gato e atropelou 36 crianças. Segundo a notícia, ele foi detido pela polícia por negligência. Negligência? melhor seria dizer eficiência. Afinal, na superpovoada ilha do Sol Nascente, livrar-se de uma só vez de 36 japinhas é o supra-sumo da eficácia. Não se pode dizer o mesmo dos faux-monnayeurs da progressiva cidade alagoana de Guarabira. Jandeilson Araújo e José Ferreira, os falsários, tiveram seu crime facilmente detectado pelas autoridades guarabirenses porque imprimiram notas de 3 reais! Como piada é fraquíssima, mas, como foi verdade, é assustador.

 

As águas vão rolar no Carnaval brasileiro

Franklin Graham é filho de Billy Graham. Bem, se você não sabe quem eles são, melhor pra você. Pai e filho, eles são tele-pastores (essa raça tão americana que já assola o Brasil) que ameçam com as penas do inferno todos os que não temerem a Deus e não contribuírem para as igrejas dos Graham. Billy Graham tornou-se o pastor mais rico dos EUA e agora, seu filho e herdeiro Franklin, anuncia aos quatro ventos que a tragédia que assolou Nova Orleans foi castigo de Deus, pois, segundo ele, a jazzistica cidade era "um lugar conhecido pela veneração a Satã, pelas orgias e consumo disseminado de bebidas e drogas", e, last but not least, por sediar o Mardi Gras, quando "a nudez pública e a folia dos bêbedos se torna quase uma regra". Puxa, se uma simples Terça-Feira Gorda mais animadinha já rendeu um furacão, o que não vai acontecer ao Rio de Janeiro, onde todo o tríduo momesco é mais gordo do que o Rei Momo, ou em Salvador, onde o ano inteiro é mais gordo do que um pastor norte-americano temente a Deus??? Bem, na quarta-feira a gente se preocupa com isso.

 

Veja ensina dedurar os pimpolhos drogados

Ora, a insuspeita e sempre ética revista (argh!) Veja divulga um teste para descobrir se os filii familiae das classes média e alta são chegados a um barato que não seja o marido da barata. Basta cortar uma loura e fina mecha dos cabelos do moçoilo, adicionar algumas gotas do miraculoso produto do Psychomedics (laboratório, claro, dos EUA) e, PLIM!, ficar-se-á sabendo de tudo o que o mancebo injetou, fumou, cheirou, cafungou ou introduziu no organismo de formas menos ortodoxas nos últimos meses. Mas como fica a moral desses papás e mamãs? Afinal, se eles lêem a Veja, são usuários da mais perigosa e perniciosa droga que já surgiu em nosso débil mercado terceiro mundista. Uma droga que aliena, imbeciliza e faz com que o viciado tome todas as decisões que mais poderão prejudicá-lo em sua vida, principalmente na área da política. E não é preciso nenhum caríssimo teste fornecido pelas fachadas legais dos traficantes para identificá-los: basta ouvir as baboseiras que eles repetem como se fossem idéais próprias.

 

Lantejoulas e paetês de luto

Leio no Jornal do Brasil que morreu Clovis Bornay, museólogo, carnavalesco, criador de fantasias de luxo, e também, diz a notícia, de nobre ascendência da Casa dos Bornay, situada entre França e Suíça. Ele deu pela primeira vez aos 12 anos, vestido de cossaco, numa baile de Carnaval na sede do Fluminense... Ãh!? Ah, sim, deu pela primeira vez um grito de carnaval, vencendo seu primeiro concurso de fantasias. Coisa de clube pó-de-arroz, vocês sabem, em General Severiano não tem disso não. Mas é uma pena saber que nunca mais ouviremos seu sofisticado sotaque, com que verberou tantas vezes Evandro e Mauro Rosas. Ele agora é purpurina, ou melhor, transmutou-se em máquina de fliperama, destino maior, cobiçada prenda, reservada apenas aos mais nobres defensores da Causa do Arco-Iris: o dia inteiro, jogando, os garotos se esfregam nela, que apenas arrulha: plim, plim, plim... Mas, como carioca que vê a alegria inerente à própria essência do Rio de Janeiro ir aos poucos se apagando nestes tempos de barbárie, lembro a marchinha de Fernando Lobo e Paulo Soledade: Hoje o bloco sai mais triste sem ele, está faltando um...