Memento homo quia tu es pulvis...

Quê? Mais um tópico com título em latim? Sinal dos tempo, estamos voltando ao passado, à Idade Média, não aos tempos gloriosos de Virgílio e Catulo. Mas a lúgubre advertência, que sabe a monastérios e monges compungidos, não demoveu nem demoverá o russo Vladimir Vilisov da inusitada decisão que tomou: ele quer porque quer ser enterrado com sua coleção de revistas pornográficas. Já mandou até construir um caixão misto de biblioteca, forrado de cetim e com uma fofa almofada para a cabeça (crânio). Ah, Vlad, você não acredita na inevitável perecibilidade da carne? Ou crê ser possível contrabandear uma ou outra Playboy para o Paraíso? Bem, não julguemos para não sermos julgados. Vá em frente, garotão.

 

Et sub Pontio Pilato per genitalia crucifixus est

São inescrutáveis os critérios que presidem a escolha dos temas das pesquisas científicas. Época já houve em que acreditei ser o benefício da humanidade o guia primeiro, único e fulgurante dos doutos doutores que, curvados em seus laboratórios, perscrutam a natureza até revelar-lhe os mais imos segredos. Mas confesso que o tempo e a maturidade conspiraram para mudar minhas convicções.
Pois não é que Piers Mitchell e Matthew Maslen, pesquisadores da Faculdade de Medicina do Imperial College, de Londres, na loura Albion, publicaram atilado estudo no Journal of the Royal Academy of Medicine constestando a tradicional imagem do Cristo crucificado? Segundo eles, as técnicas de crucificação eram extremamente variadas. As vítimas não eram necessariamente posicionadas de cabeça para cima nem obrigatoriamente fixadas com pregos nos pés e nas mãos. As cruzes eram colocadas de todas as formas possíveis. Às vezes, as vítimas ficavam de cabeça para baixo, amarrada com cordas ou até pregadas pelos órgãos genitais. O quê?! Pregadas pelos órgãos genitais? Nem a Belzebu ocorreria tão ominosa idéia! Vade retro! Vão pesquisar outra história, seus doutores, que esta já me deu um frio na espinha... bem na base da espinha... Argh!!!

 

Haja loura gelada!
Existem tratamentos tão grotescos como, por exemplo, a urinoterapia, em que os pacientes devem ingerir ... como dizer?... suas próprias excretas nitrogenadas... seu próprio xixi. Mas da República Tcheca vem a notícia de uma prática terapêutica que não envolve nada assim tão radical, pelo contrário, agradaria a todos. É que o Spa da luminosa cidade de Chodova Plana (não me pergunte o que é uma chodova, eu não sei, embora desconfie...) decidiu pôr em prática os poderes curativos da cerveja. É, da boa e velha bebida que desde os tempos do Egito faraônico comparece aos bons e maus momentos da humanidade, consolando as dores e matizando as alegrias. Lá em Chedova os pacientes podem, literalmente, nadar numa piscina do áureo líquido, provavelmente sentindo na pele a suave massagem das bolhinhas de gás carbônico. "A cerveja é um tratamento para vários problemas", afirma Jiri Plevka, o dono da clínica. Quem discorda? E ainda há um bar ao lado da piscina, para os pacientes beberem. Mas, pera lá, se a piscina já está cheia de cerveja, quem precisará sair para beber?...

 

Só falta proibir o whisky nacional (deles)

Desde que decapitaram a pobre Rainha Mary que a Escócia não sofria um golpe tão contundente: acaba de entrar em vigor uma lei proibindo que se fume em lugares públicos, principalmente nos que constituem ambientes fechados, como restaurantes e (oh, lamentable day!!!) pubs. Pelas barbas de Ossiam, Sean Connery, Rod Steward e o Coração Valente vão chiar adoidado. Mas, em meio à desolação geral, uma nota curiosa: livraram a cara dos hospícios e dos submarinos. Que se libere geral nos hospícios tem sua lógica, afinal neles só tem louco. Mas quero crer que um submarino seja, por sua própria natureza, um ambiente fechado, inteiramente, completamente, absolutamente, hermeticamente fechado. E público, por certo, que o último privado era amarelo e afundou com os Beatles. Jack McConnel, Ministro-Chefe da Escócia, não se dispôs a explicar. Como diria o escocês John Brown, entre uma e outra beliscada na inconsolável viúva Vitória: "Bloody bastard!"

 

As Misses do Texas
Trágico acontecimento entristeceu a cidade de Austin, capital do dinâmico Estado do Texas, terra dos Bush e de outras formas perigosas de vida: a jovem Tara McAvoy, de apenas 19 anos, recém-eleita Miss Surda do Texas, caminhava distraída por uma linha de trem, digitando no celular mensagens para familiares e amigos, quando foi atropelada por uma composição da Union Pacifc, falecendo devido aos múltiplos traumatismos. Garante o xerife local que o trem apitou, apitou mais do que a fábrica deplorada por Noel Rosa, mas a moça não deu conta do perigo. Inúteis foram os esforços de sua amiga, a Miss Muda do Texas, para avisá-la enquanto a outra, a Miss Cega do Texas, garante que não viu nada. O celular saiu incólume e foi doado pela constristada família para a Miss Down do Texas.