Vinte e sete de setembro é dia de Cosme e Damião. Na Bahia, manda a tradição, é tempo de preparar um prato, à base de quiabo, camarão defumado, amendoim e dendê, e oferecer para São Cosme e São Damião: o Caruru dos Meninos. Neste ano, a julgar pelo fraco movimento de venda dos ingredientes, o ritual terá poucos adeptos. É que a greve dos bancários deixou o povo sem grana e os comerciantes na bronca: "esta greve quebrou a guia da gente", contou um deles. Não sabemos com precisão o que significa isto, mas parece relacionar-se com um arrebentar daqueles colares de candomblé - o que deve causar o quiprocó nos destinos. |
Bancários
azedam o O pior é que a tradição diz que em casa onde existam Cosme e Damião, feitiço, bruxaria, mau olhado e espinhela caída não se criam. Mas tem que dar o caruru pros meninos...Caramba! Os bancários que se cuidem se os meninos ficarem famintos. |
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A VODKA QUE É TIRO CERTO Eis que uma destilaria resolve tirar o general Mikhail Kalashnikov da aposentadoria, levando-o até Londres a fim de, numa festa de arromba, batizar com todos os foros de legitimidade a vodka que leva seu nome. Bem, na verdade a vodka não leva o nome do general mas sim o nome de seu filho mais famoso, o fuzil Kalashnikov, AK47 para os íntimos, que já fez muito estrago em "combatentes da liberdade" que os EUA tanto espalham pelo mundo a fim de impedir a tão falada liberdade. Não entendo de fuzis, mas parece que o velho AK é tiro certo. Por isso algumas ONGs americanas e pacifistas (é possível ser ambas as coisas?) estão preocupadas com a relação que se estabeleça entre a bebida e o fuzil. Pois eu me preocuparia se tivesse a ventura de ser um bebedor de boteco contumaz: e se me servem o Kalashnikov errado? Santa Wiborowa! - diria o Robin. |
A RETOMADA DO DESENVOLVIMENTO A Brahma anuncia que vai lançar uma cerveja com teor alcoólico de 0,0 %, muito além dos exigidos 0,5 % para receber a classificação sem "álcool". Será produzida numa inédita planta de dealcoolização, construída na Alemanha e que, no Brasil, só a Ambev tem. Para que serve uma cerveja sem álcool? Para engordar, certamente. Um amigo me assegura que "cerveja sem álcool é como mulher sem perereca". É pior, eu diria, pois na fêmea despeperecada ainda sobram boca e ânus. E como já ensinava o douto Marquês de Sade, se o falo tem uma configuração cilíndrica, com um perfil de corte perfeitamente redondo, deve ser introduzido numa cavidade redonda, como o ânus, jamais numa ogival, como a vagina. Bem, eu não me sinto autoridade em tais assuntos, e nem mesmo gosto de cerveja, só bebo líquidos perfeitamente naturais, como Coca Cola. O que me intriga é saber o que seja uma planta de dealcoolização. Será uma planta que bebe a cerveja com o denodo de um bebedor dos bares da Avenida Atlântica, fica com o álcool e devolve um líquido insípido e amarelo, não importa se chame ele xixi ou cerveja sem álcool? Seria um arbusto tão deletério e insensível quanto o bush americano! Porque para mim e para o vernáculo, planta é aquilo cheio de folhas verdinhas que não são dólares, ou aquele desenho esquemático que o levou a comprar um apartamento em construção que nunca receberá. Chamar de planta uma fábrica, usina ou aparelhagem, é anglicismo, ou seja, é estuprar nossa pobre língua. Ora, direis, estupra mas não mata... |
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Gabeira: "Não era lilás nem de crochê!" Puxa, e por todo esse tempo nós estivemos enganados sobre um ponto tão importante para a História do Brasil. Mas o Gabeira esclareceu qual a tanga que ele usou na praia logo ao voltar do exílio. "Vinha da Europa, acostumado a praias em que havia pessoas nuas. Peguei a parte de baixo do biquíni da Leda Nagle e fui para a praia. Não era de crochê nem lilás. Era amarela e azul, cores da Suécia onde vivi e, de uma certa maneira, do Brasil também. No verão de 1980, a tanga já estava puída. Aí sim, fui a uma loja da Fiorucci e comprei uma tanga lilás, mas que não era de crochê." Ah, bom!...
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PORNOGRAFIA INFANTIL Claro, eu sou totalmente contra a veiculação na Internet de imagens que exploram sexualmente crianças. Mas diante de uma foto como esta aí do lado, que contempla a um só tempo zoofilia, homossexualismo e pornografia infantil, não poderia deixar de aderir à prática. |
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Crime ecológico na terra do Bush West Monroe, Louisiana - Austin Gullette, de 45 anos, foi preso ontem em sua casa, sob a acusação oficial de crime contra a natureza, depois que foi flagrado por sua irmã enquanto tinha relações sexuais com um porco de propriedade dela, segundo notícia do The News Star. A mulher disse que saiu à rua depois de ouvir os gritos do porco (foto ao lado), e qual não foi sua surpresa ao pegar Gullette com as calças nas mãos. O policial Royce Toney considerou o caso raro: "Já houve casos parecidos envolvendo cães, macacos e ovelhas, mas alguém cometer um crime contra a natureza com um porco é novidade." A dona do porco disse que, depois do incidente, o animal vive a se esconder, pois está sempre assustado. Um crime contra a natureza é punível com US$ 2 mil de multa ou cinco anos na prisão. Que sujeito mais indelicado! Por que ele não explode crianças iraquianas, destrói casas de famílias palestinas (com elas dentro) e força a alta do preço do petróleo como seu amado presidente? Não, ele prefere cometer esse crime hediondo contra o pobre porquinho. Só estou curioso de saber uma coisa: onde é que os moradores da progressista West Monroe arranjam macacos para seus deleites sodomíticos? |
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Van Helsing! Já não bastam os vampiros? Ursos
assustam povoado da Transilvânia |
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Leio na Época que Marcella Althaus-Reid, argentina, PhD em teologia e professora de Ética Cristã e Teologia Prática da Universidade de Edimburgo, na Escócia, é autora de um livro chamado Indecent Theology. Ética Cristã, embora seja coisa rara, eu posso entender o que seja, mas o que será Teologia Prática? E por que é indecente a teologia, que no caso subentende-se ser a cristã? Ela esclarece que a Bíblia está cheia de metáforas sexuais, que devem ser esclarecidas no âmbito do sexo, e não "dessexualizadas", como tem sido feito até hoje. Autora de outro livro chamado The Queer God, acrescenta que a fé e a teologia devem ser pensadas a partir de experiências sexuais diferentes, "não a dos gays, das lésbicas ou dos travestis, mas a partir da Teoria Queer, uma espécie de guarda-chuva que abriga toda a diversidade sexual". Mas que teoria é esta?! A revista já advertia que Queer God deve ser traduzido como Deus Esquisito. Mas se queer é esquisito no significado original, desde que virou sinônimo de viado (assim com i mesmo, que é mais expressivo) acho bom não chamar ninguém disso, pelo menos nos países em que se fala a língua de Shakespeare. Marcella, dando uma cutucada no feminismo aqui e outra na Teologia da Libertação ali, quer um Cristo bissexual, quer o âmbito do sagrado estendido a todos os oprimidos por serem diferentes e afirma que a Igreja tem um falo muito grande mas é misógina e homossexual. Puxa, que salada. Mas se ela quer uma religião assim, porque em vez de modificar o mal humorado cristianismo ela não se converte à Religião Clássica Grega? Esta tem de tudo isso e mais um pouco. Eu sou devoto dos Deuses gregos, por esta e por várias outras razões. Mas gostei quando Marcella se classificou de poliamorosa, ama a quem quiser, não importando quantos e quais. Monoamor não está com nada, diz ela. Cara, isso é melhor do que o carnaval. |