PT CONSEGUE INCLUSÃO DIGITAL NA BAHIA
O deputado baiano Sargento Isidoro, do PT, chegou na Assembléia Legislativa em estado de choque (ou de graça?) com o que lhe acontecera momentos antes: um alentado dígito lhe foi no ânus introduzido, sem prévios esclarecimentos, por um esculápio inclemente. Foi para a tribuna e, com lançamento nos autos, pôs a boca no trombone: "Eu não sabia como é que era... ele foi enfiando aquele dedo... foi horrível... quase que desmaio... eu vi estrelas!" (ipsis verbis). Findo o exame, vendo o médico dirigir-se com total indiferença para o paciente seguinte, sentiu-se enganado. Correu para o plenário e fez não um, mas três pronunciamentos sobre o dramático assunto. Dentre os colegas, que abafavam o riso ou gargalhavam às claras, levantou-se o deputado João Bonfim para perguntar se fora mesmo o dedo que o médico utilizara. Quanta insensibilidade!

 

LES LIAISONS DANGEREUSES
A primeira greve de sexo documentada, ao que parece, ocorreu na Grécia clássica e foi deflagrada pelas mulheres, comandadas por Lisístrata. Agora um homem, descendende de bárbaros romanos, tentou o mesmo artifício com péssimo resultado. Francesco, marido italiano, aborreceu-se com Piera, sua legítima consorte, e decidiu negar-lhe o membro viril. Por sete anos Piera amargou um lúbrico jejum, suas investidas eróticas esbarravam em um muro de indiferença. Afinal separaram-se, no ano 2000. A Justiça decidiu que a culpa pelo fim do enlace era de Francesco e condenou-o a pagar pensão à tão longamente insatisfeita ex-cara-metade. Que insensibilidade histórica!
Poderia ter sido pior. Na China, as relações de Wang Lanying com o marido, Gu Peihua, iam de mal a pior, pois a jovem sentia uma aracnídea atração por sua amiga Mou Hangxiou. Um amor irresistível nascera entre as duas e o marido era uma peça fora do baralho, um estorvo. Um dia ele adoece. Sua mulher acrescenta uma forte dose de soníferos aos remédios e, antes que o varão acorde, enterra-o vivo mesmo, pra que esperar?, com ajuda da amiga. Parece que a Justiça da província de Jiangsu não compreendeu tanto pragmatismo e está processando as duas. Bobagem, se elas fossem, digamos, freiras do Vaticano, essa novela atual do Papa já teria se encerrado há muito tempo.

 

O Planeta Animal

Nikosi Sikelel' iAfrika! - o que, em zulu, quer dizer "Deus salve a África". Pois além de todos os problemas lá criados pelos homens de todos os matizes, alguns animais de vez em quando dão uma mãozinha pra aumentar a confusão. Em Uganda as autoridades prenderam um crococilo que havia comido 83 pessoas, ao longo de seus presumíveis 60 anos bem vividos. 83!? Puxa, não dava pra deixar por 78? Com a idade que tem, é muito pouco provável que o crocodilo vá mudar seus hábitos alimentares, por isso ele será removido para uma fazenda de crocodilos. Bobagem, deviam mandá-lo para a Flórida, para que ele ensinasse boas maneiras à mesa a seus primos aligatores. Afinal, todos sabem que os americanos são cheios de proteínas.

 

Meninos do Rio: uma tradição de 440 anos.

Muito antes de Caetano Veloso suspirar suspiros agridoces pelos surfistas cariocas, já existia um menino do Rio. E foi o primeiro de todos , pois antes dele o Rio não existia. Trata-se de Estácio de Sá, que há 440 anos fundou a mui heróica e leal Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Tinha ele 19 anos então. Era, portanto, um garotão, um menino com todo o direito de sair à cata das meninas do Rio, missão primeira de todo carioca. Mas não aproveitou nada do que o Rio haveria de ter de bom, pelo contrário, foi também a primeira vítima, de uma flecha perdida, e morreu com os mesmos 19 anos. Mas aí está explicada a diferença entre o Rio e um grotão de comedores de pizza situado lá pros lados de Piratininga: fomos fundados por um garoto, não por um padre velho e chato. Isso em 1 de março de 1565. Valeu, Estácio!