Resolução de Ano Novo pra valer é com os britânicos

Quem nos conta é a BBC. No alvorecer deste ano, John Lowe, pacato professor aposentado de Cambridgeshire, na loura Albion, decidiu e cumpriu: vou dançar balé. Até aí, nada de mais, como já nos mostrou aquele filme em que um garoto da working class sai sapatilhando por toda a paupérrima vizinhaça de mineradores. Curioso é que o novo ballerino tem 88 anos, bem vividos. Não sabemos que outras resoluções de ano novo o vetusto dançarino tomou, mas podemos ouvir o que ele disse sobre tudo isso: "É ma-ra-vi-lho-so, não entendo por que mais homens não fazem o mesmo!" Nós também não entendemos, John, por isso, cautelosamente, botamos as barbas de molho e ficamos longe da ribalta... e de outras cositas más. Mas não pensem que as 88 floridas primaveras prejudicam o saltitante desempenho do novel nijinski, ele faz muito exercícios, aproveitando para desferir uma farpa contra os manchados e roufenhos fumantes: "Vejo essas pessoas se aglomerando e se acotovelando para fumar um cigarro - eles deveriam fazer balé." Concordamos contigo, John. Escravos do tabagismo, tomem tento, nunca é tarde para trocar a nicotina pela purpurina.

Álcool + Exercício: o segredo de uma vida saudável

Nem tudo é arte, cultura ou frescuragem na velha Europa... (bem, frescura tem mesmo muito por lá, mas não falemos disso agora). A ciência ainda mantém seu prestígio alto e, vez por outra, desova científicos axiomas sobre o que devemos ou não devemos fazer para que nossa vida seja assim como um mar de rosas (mar de rosas?... hummmm...). Assegura-nos o Instituto Nacional de Saúde Pública de Copenhague, na nórdica Dinamarca, aquela do Hamlet, onde certamente ninguém acredita que haja algo de podre nos tempos que correm, que o segredo da vida saudável é uma mistura bem dosada de exercício e álcool. Abstêmios ativos (não, não estamos falando de sexo, mas de exercício) têm 33% menos chances de doença cardíaca do que os abstêmios passivos... ops, não, que os abstêmios sedentários. Mas entre ativos de qualquer preferência sexual, os que bebem moderadamente têm 50% menos chances de doença cardíaca de que os abstêmios. Ora, como sabem os especialistas em dosagem por detrás dos balcões de pubs, tavernas e botequins de todo o mundo, moderadamente é um conceito por demais relativo. Portanto, desanuviai a consciência, levantadores de copo! A ciência falou, tá falado.